Comportamento do consumidor em tempos de pandemia

Os números do impacto do Coronavírus no Digital

Sim, ele é assunto em todos os lugares e, sim, vou falar novamente do Coronavírus por aqui…já que ele está dominando o cotidiano das pessoas, lotando os feeds de notícias e interrompendo a rotina habitual de cada um.

Com base em um estudo da Globalwebindex, que realizou pesquisas em mercados de 13 países (Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Itália, Japão, Filipinas, Cingapura, África do Sul, Espanha, Reino Unido e EUA), trago aqui alguns números que retratam o comportamento dos consumidores nesses tempos pandemia e isolamento social.

Vamos lá…

1. Consumidores socialmente distantes, mas mais do que nunca conectados

Segundo a pesquisa, 95% dos consumidores dizem que estão gastando mais tempo em atividades de consumo de mídia em casa. Sem surpresa, né! Entretenimento, informação, contato com amigos, reuniões de trabalho — a convivência passou a ser online. E o maior aumento se dá principalmente em assistir a cobertura das notícias — 2 em cada 3 pessoas estão gastando mais tempo nisso. Nesse sentido, a imprensa tem um papel ainda mais crucial na responsabilidade de informações de qualidade e no combate às fake news.
Nem todas as fontes de notícia são confiáveis e apesar de se informarem cada vez mais, muitas dessas pessoas fazem isso pelo WhatsApp. (E cá entre nós, a gente já sabe no que isso deu).

2. Consumidores por trás da pequena tela

O uso do smartphone aumentou significativamente nesse período: de acordo com a pesquisa, 70% do mundo disse que está gastando mais tempo em seus smartphones.

• Mais de 50% estão assistindo mais serviços de streaming;
• 45% estão gastando mais tempo em serviços de mensagens;
• Quase 45% estão dedicando mais tempo às mídias sociais;
• Quase 15% dizem que estão criando e enviando vídeos;
• Espanha, Brasil e Itália estão passando mais tempo em jogos.

E o comportamento muda tratando-se de cada geração, como mostra o gráfico abaixo:

3. O que os consumidores esperam das marcas…

Globalmente, as pessoas estão mais favoráveis às marcas que respondem ao surto, oferecendo condições flexíveis de pagamento (83%), oferecendo serviços gratuitos (81%), fechando lojas não essenciais (79%) e ajudando a produzir suprimentos essenciais (67%) . Todos eles pontuam significativamente mais do que os 37% que acham que as marcas devem continuar anunciando normalmente suas publicidades.
E claro…As pessoas NÃO estão fazendo grandes compras. Quase 40% das pessoas disseram que vão atrasar suas compras pra quando o surto começar a diminuir ou acabar em seus países. Cerca de 20% disseram que vão esperar até que a pandemia termine globalmente. O foco provavelmente agora está nas compras essenciais como alimentação, higiene, saúde.

4. Consumidores conectados em tempo real

Sim… estamos com medo de abrir a geladeira e estar acontecendo uma live! Principalmente no Instagram, isso acontece porque todas as marcas estão querendo um pedacinho da atenção dessa parcela de pessoas que estão em casa e na frente do celular. E sim, os consumidores estão assistindo aos conteúdos em tempo real: quase três quartos dos consumidores estão interessados em transmissões ao vivo.
Um exemplo pontual sobre isso: eu como consumidora, paguei 3 meses de academia, devido às circunstâncias a academia fechou temporariamente e, enquanto estou em casa, passei a aproveitar as lives (com treinos gratuitos) de outras academias (concorrentes da minha) para continuar minha rotina de atividade física. De quem eu vou lembrar depois dessa crise? Lembrança de marca e entrega de valor são dois pontos essenciais quando se trata de conteúdos digitais.

5. O que os consumidores esperam ver no digital…

No geral, as pessoas esperam ver nesse período, conteúdos de prevenção, informações para ajudar a informar a situação da população, a filtragem de notícias falsas e a conexão de comunidades. Quase 3 em cada 10 pede a transmissão ao vivo de eventos, conforme mostra o gráfico:

Por fim, se você é ou tem uma marca, fique atento a esses dados e comece a criar uma estratégia digital forte, consistente e relevante, porque em tempos como esse percebemos mais do que nunca que, afinal:

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