Em alta na pandemia
Se tem duas coisas em alta desde que a pandemia começou, são a praticidade e a conveniência.
A primeira representa algo que facilita a vida das pessoas no momento, que é ágil, acessível. A segunda é aquilo que atende ao gosto, às necessidades e ao bem-estar de um indivíduo e, cá pra nós, sabemos que as necessidades do momento devido ao isolamento são bem diferentes das que estávamos acostumados.
Pra começar, o cinema drive-in não é a única prática que foi resgatada na pandemia. Um hábito muito comum antigamente e que em cidades pequenas não foi perdido, por exemplo, é a entrega do leite de porta em porta e a de produtos orgânicos, como frutas e legumes. Se prezamos por segurança e por não termos que nos deslocar essa é uma boa pedida.
E já que estamos falando de entrega, o boom do delivery prova que as nossas demandas pedem cada vez mais da tal praticidade e conveniência: segundo dados do Google, o aumento global foi de 300% nas buscas por serviços de entrega de alimentos. No Brasil, a procura por delivery de restaurantes aumentou 72%. Mas não é só entrega de comida não! Lojas de roupas, farmácias, decoração, padarias e até entrega de plantas, ração pra cachorros e presentes de aniversário. Vouchers de desconto, combos promocionais, tele entrega com desconto ou gratuita são diferenciais pra se destacar.
Pra cada setor, as duas características que estão em alta tem um significado…Pra quem vende roupas, estão ligadas ao conforto, aqui no sul então, conforto mais aquecimento. Pra quem vende bebidas alcoólicas, o principal é o bom preço e a agilidade da entrega. De acordo com reportagem, a venda online de bebidas aumentou até 800% na quarentena.
Elas também estão por trás de notícias como essa: vendas de aspirador de pó robô disparam 802% no Brasil. E presentes até mesmo no corte de cabelo feito em casa… vi várias mulheres rasparem a cabeça em casa na quarentena e essa mudança de visual se tornar um trend.
A praticidade e a conveniência viabilizaram a chegada dos minimercados a condomínios residenciais que agora tem até nome: home market. Mercadinhos instalados em garagens ou hall de entrada de conglomerados habitacionais e que fazem com que os moradores não precisem ir muito longe pra comprarem o que precisam.
Em muitos setores, adaptações a adoção da praticidade pode representar a sobrevida dos negócios, como as transmissões de aulas online que mantém funcionando academias e professores de yoga e pilates.
Nessa nova realidade não é mais o cliente que vai até o estabelecimento, é o estabelecimento que precisa ser acessível e chegar até o cliente para atender às suas necessidades. Na internet e na vida real.
De acordo com o Google, as pessoas pagarão até mais pra empresas pela conveniência e rapidez. O consumidor também se mostra disposto a pagar mais pelo frete para ter o produto com mais agilidade.
E pra ter mais exemplos de marcas que já estão atentas a esses atributos é só olhar atentamente a vida do consumidor na quarentena…Nos stories já vi kit de cinema em casa, onde você aluga um projetor pra assistir filme na sala da sua casa, já vi caixa de aniversário infantil com toda a decoração pra festinha, kit bordado e em junho, kit de festa junina. Eu não me espantaria, se voltasse também o aluguel de videogames, tão comum quando ainda existiam as videolocadoras.
Nesse sentido, os modelos de assinaturas e combos também estão crescendo… Vi cafeterias se reinventando com a entrega de box de com café da manhã e pessoas assinando clubes de assinaturas de livros, vinhos, chimarrão… é só escolher algo que você gosta e esperar chegar na sua casa.
Não sabemos quanto tempo a pandemia e o isolamento vão durar e com eles as necessidades e comportamentos do momento. Mas o mais importante é estar atento a seguinte pergunta: o que importa agora para o seu público?
Entre no meu Canal do Telegram Marketing Digital e outras casualidades para ver mais: https://t.me/tutinicolarp