Quando caiu a ficha pra você?
Pra mim, de início, foram 3 momentos…
Primeiro lá em março, começamos o distanciamento social e um carro de som passava na rua… Eu, lavando a louça, escutava o som distante que dizia: “fiquem em casa, não saiam de casa”. Aquilo soou como uma sirene de alerta quando está prestes a acontecer uma catástrofe em alguma cidade.
Depois, vieram as fotos…funcionários com aquelas “roupas de astronauta”, lavando/higienizando o centro da cidade como numa cena de ficção.
E por fim, final de março, a foto do papa fazendo oração completamente sozinho na Praça São Pedro, com tudo vazio como num cenário apocalíptico.
Quase 4 meses depois, ainda tentamos encaixar um escritório dentro de casa, produzir como se não houvesse pandemia lá fora e nos acostumarmos a nova rotina de distanciamento que já não é tão nova assim.
Seguimos, dia após o outro, ansiosos para que tudo isso passe, saudosistas pelo passado e iludidos com previsões do futuro.
E, se a esperança é a última que morre, nos agarramos a ela, e como seres humanos pensantes caímos na tentação de procurar uma data, uma resposta para nossas dúvidas.
Só que não tem data pra lançarem uma vacina, não tem data para o vírus desaparecer e não tem data pra voltar ao que era antes, se é que vai voltar igual.
Mas e o hoje? E o agora?
E foi, ao ler, o seguinte texto do André Carvalhal que me caiu mais essa ficha:
“Estamos vivendo muitas mudanças que deveriam ser debatidas agora, como por exemplo, como lidar com a única certeza que temos: o distanciamento social?, e como podemos de fato viver com ele por muito tempo e assim salvar pessoas e a economia, sem que seja preciso escolher entre uma ou outra.”
Não dá pra esperar o depois da pandemia, não existe momento perfeito ou situação ideal.
Precisamos convidar a incerteza pra entrar e usar como lema aquela velha frase: comece onde você está, use o que você tem e faça o que você pode.
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