Só se fala em uma coisa: o "fim dos likes" no Instagram

5 reflexões sobre a mudança na rede social

@tutinicola
4 min readJul 18, 2019

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O teste que oculta as curtidas em fotos e visualizações de vídeos no Instagram finalmente chegou no Brasil nesta quarta (17 de julho) e dividiu a internet entre quem gostou da notícia e quem não gostou. A mudança já havia sido anunciada no evento F8 em Abril.

O fato é que muita gente confundiu a OCULTAÇÃO do número de likes, com o fim definitivo das curtidas.

Não, os likes não morreram.

Você ainda pode ver quem curtiu clicando nas pessoas abaixo de cada publicação e ver o número total de curtidas que a sua publicação obteve( os seus seguidores só não vão ver o NÚMERO exato apenas).

Ainda não se sabe se isso será definitivo, mas a motivação do Instagram segundo entrevista ao Buzzfeed, é criar um ambiente com menor pressão, onde as pessoas se sintam confortáveis em se expressar e também, evitar a competição na plataforma.

E isso visivelmente, esclarece muito sobre a atitude da plataforma. Afinal, não é apenas sobre ferramentas, é sobre comportamentos.

Bem, a mudança trouxe à tona algumas reflexões sobre o propósito do uso da rede social para pessoas e marcas, separei aqui 5 delas:

1. Foco no ENGAJAMENTO e RELEVÂNCIA

Se rede social é feita pra socializar, o mais importante são as conversas, seja nos comentários ou no inbox. A interação por um like apenas não é uma via de mão dupla é apenas um clique. A mudança acaba com o “efeito manada”, ou seja, a aceitação de que um post TOP é somente aquele que tem muitas curtidas. Agora quem te valida é sua própria relevância e os comentários devem ter um peso grande daqui pra frente. Menos exposição e mais conexão!

2. Foco no CONTEÚDO e PROPÓSITO

Instagram não é feito apenas de fotos bonitas e nem serve apenas para alimentar a vaidade de quem publica. É a entrega de um conteúdo de valor, que conquiste e interesse a audiência que vai fazer ela engajar naquele conteúdo, se aquilo fizer sentido pra ela. Conteúdos que resolvam problemas, foquem menos nas curtidas e mais em contar suas histórias. Assim, as pessoas vão continuar acompanhando, da mesma forma que acompanham uma marca no Stories, por exemplo, sem ter uma validação de likes daquele conteúdo.

3. Foco na SAÚDE MENTAL

O Instagram, ao mesmo tempo em que foi uma das redes sociais que mais cresceu nos últimos tempos em número de usuários, foi apontada como a pior rede para saúde mental segundo pesquisa feita pelo Royal Society for Public Health, por ser focada na imagem e gerar sentimentos de inadequação à vida perfeita, ansiedade por curtidas e depressão nos jovens. A esperança é que, ao tirar o número de likes seja possível reduzir os efeitos negativos e aumentar a autenticidade das postagens.

4. Foco nas MÉTRICAS relevantes

Números altos não significam necessariamente qualidade (seja de seguidores ou curtidas). Os olhares das marcas devem estar voltados para os dados que definitivamente podem significar algo para o negócio e nortear estratégias: compartilhamentos, comentários, visitas ao perfil, alcance, mensagens inbox, saves de publicações, impressões e, claro, as conversões. Likes não pagam boletos.

5. Foco no REAL

Seria esse o fim das automações de curtidas? A mudança pode gerar impacto nas ferramentas de automação e dar fim à compra de likes. Os influenciadores também vão ter que trabalhar para um engajamento além dos likes com seus seguidores e repensar na mensuração de suas campanhas.

Será que se o teste der certo a ideia vai migrar pro Facebook também? 🤔
Um ajuste apenas será suficiente para afastar dessa cultura de aprovação das pessoas e mentalidade de marcas e empresários sobre métricas de vaidade?🤔 Fica o questionamento!

https://www.instagram.com/brauliobessa/

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Written by @tutinicola

Relações Públicas de formação, marketeira e Copywriter. Vivo da minha arte (de escrever) na praia.

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